representam o mundo do Alto e o de Baixo"
Melquisedeque aparece pela primeira vez no livro Gênesis, na Bíblia. Lá está escrito:
"E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho. Ele era sacerdote do Altíssimo. E ele o abençoou e disse: Bendito seja Abraão, em nome do Altíssimo, senhor dos Céus e da Terra. E abençoado seja o Deus Altíssimo, que arrebatou o escudo dos teus inimigos e os entregou às tuas mãos. E Abraão lhe deu o dízimo de tudo" (Gênesis, 14:18-20).
- Porque esse Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão quando este regressava da matança dos reis o abençoou.
- A quem também Abraão separou o dízimo de tudo (sendo primeiramente, por interpretação do seu nome rei de justiça e depois também rei de Salém, que é rei de paz).
- Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida (mas feito semelhantemente ao Filho de Deus), permanece sacerdote para sempre.
- Considerai, pois, quão grande era este, a quem até o patriarca Abraão deu dízimo dentre os melhores despojos.
- E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar os dízimos do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que estes também tenham saído dos lombos de Abraão.
- Mas aquele cuja genealogia não é contada entre eles tomou dízimos de Abraão e abençoou ao que tinha as promessas.
- Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior.
- E aqui certamente recebem dízimos homens que morrem; ali, porém, recebe-os aquele de quem se testifica que vive.
- E, por assim dizer, por meio de Abraão, até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos.
- Porquanto ele estava ainda nos lombos de seu pai quando Melquisedeque saiu ao seu encontro.
- De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio levítico (pois sob este o povo recebeu a lei), que necessidade havia ainda de que outro sacerdote se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado segundo a ordem de Arão?
- Mudando-se o sacerdócio, pois, necessariamente se faz também mudança da lei.
- Porque aquele, de quem estas coisas se dizem, pertence a outra tribo, da qual ninguém ainda serviu ao altar.
- Visto ser manifesto que nosso Senhor procedeu de Judá, tribo da qual Moisés nada falou acerca de sacerdotes.
- E ainda muito mais manifesto é isso se, à semelhança de Melquisedeque, levanta-se outro sacerdote.
- Que não foi feito conforme a lei de um mandamento carnal, mas segundo o poder de uma vida indissolúvel.
- Porque dele assim se testifica: Tu és sacerdote para sempre, segundo a Ordem de Melquisedeque.
- Com efeito, o mandamento anterior é ab-rogado por causa da sua fraqueza e inutilidade.
- (A lei nenhuma coisa aperfeiçoou.) E dessa sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual nos aproximamos de Deus.
- E visto como não foi sem prestar juramento (porque, na verdade, aqueles, sem juramento, foram feitos sacerdotes).
- Mas este com juramento daquele que lhe disse: Jurou o Senhor, e não se arrependerá: (Tu és sacerdote para sempre).
- De tanto melhor pacto Jesus foi feito fiador.
- E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque pela morte foram impedidos de permanecer.
- Mas este, porque permanece para sempre, tem o seu sacerdócio perpétuo.
- Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, porquanto vive sempre para interceder por eles.
- Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime que os céus.
- Que não necessita, como os sumos sacerdotes, oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados e depois pelos do povo; porque isso o fez, uma vez por todas, quando se ofereceu a si mesmo.
- Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens que têm fraquezas, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, para sempre aperfeiçoado.
AbRam (Abraão) encontrou-se com Melquisedeque, que era rei de Salém e sumo sacerdote de um Deus chamado El Elyon, que significa "O Mais Alto". O lugar chamado Salém refere-se à Jerusalém, como deixa claro o Salmo 76:2: "E em Salém está o seu tabernáculo, e a sua morada em Sião".
Abraão pagou o dízimo a Melquisedeque, o que significa que entregou um décimo do que havia saqueado. Em retribuição, Melquisedeque consentiu em abençoar Abraão em nome do Deus El Elyon e conduziu um ritual no qual Abraão recebeu pão e vinho, um ato que diversos especialistas bíblicos consideram precursor da eucaristia cristã.
Abraão tinha grande respeito pelo Deus cananeu, e o episódio de preparar o sacrifício do próprio filho pode representar uma tentativa de agradar e ganhar favores desse novo Deus.
O Salmo 110 também descreve o rei Davi como um sacerdote da Ordem de Melquisedeque, e de uma maneira que certamente foi adotada por Jesus.
Também nas tábuas de Rãs Sharma, descobriu-se uma série de poemas de importância ritual e religiosa, do segundo milênio a.C. Elas deram uma grande contribuição para o entendimento das práticas e crenças de Canaã, o que nos trouxe muito mais conhecimento a respeito dos Rituais cananeus. Podemos notar interessantes semelhanças com os Rituais do terceiro grau da Maçonaria, que fazem com que o Candidato seja simbolicamente morto antes de ser ressuscitado. Os autores Robert Lomas e Christhofer Knight fazem uma comparação excepcional em sua obra lançada no Brasil pela Madras Editora, intitulada O Livro de Hiram. Eles pesquisam Melquisedeque a partir das práticas antigas cananeias, chegando a afirmar que AbRam, o pai de todos os judeus, ficou feliz em pagar o tributo a El Elyon, a divindade criadora dos cananeus. E que eventualmente Davi tomou a cidade de Jerusalém pela força e efetivamente se instalou como sucessor de Melquisedeque, cujo nome, de acordo com a Ordem maçônica, significa "rei da Retidão", e Salém significa "Paz". Mas vejamos o significado desses vocábulos. A palavra hebraica zedek ou tzedek, que faz parte do nome Melquisedeque, é realmente traduzida como "retidão", mas traz consigo um entendimento que é muito mais complicado do que simplesmente "não fazer coisas erradas". Ela aponta para os princípios fundamentais que sustentam a Ordem do Universo, devidamente estabelecida, e, além disso, deriva sua origem de um Deus ancestral. E prosseguem, dizendo que poucas são as pessoas, hoje em dia, que pensam no Deus norueguês Woden quando falam a respeito da quarta-feira (Woden's day: o dia de Woden), que em inglês é Wednesday; ou na Deusa Freyja, que em inglês é Friday, o dia de Freyja, de Vênus, quando falam da sexta-feira; e a maior parte dos Judeus no tempo de Jesus não devia estar consciente de que Zedek era a essência de um Deus cananeu. Não podemos deixar de citar que em muitos idiomas temos os dias da semana relacionados a Deuses ou aspectos siderais. Se tomarmos o espanhol, vemos Lunes (segunda-feira) ou dia da Lua, Martes (terça-feira) ou dia de Marte, Miércoles (quarta-feira) ou dia de Mercúrio, Jueves (quinta-feira) ou dia de Júpiter, Viernes (sexta-feira) ou dia de Vênus, sábado equivale ao dia de Saturno, Saturday em inglês, como o Sunday ou dia do Sol equivalente ao domingo.
Zedek, para os cananeus, era a manifestação beneficente do Deus Sol, com sua Luz brilhante revelando crimes escondidos e erros cometidos contra inocentes. Quando os Deuses cananeus foram absorvidos por Javé, Zedek tornou-se um de seus atributos. Na realidade, o conceito de um Deus único veio à existência não porque haja necessariamente uma única divindade, mas porque todos os atributos negativos convergiam para uma segunda entidade que chamamos "demônio".
A organização maçônica conhecida como "A Ordem Sagrada do Sumo Pontífice" faz a seguinte referência a Melquisedeque:
"A tradição de seu sacerdócio deve ter continuado por aproximadamente 900 anos, até o reinado de Davi. Sua importância é que, diferentemente dos outros reis que capturaram o sobrinho de Abraão, ele também era um sacerdote. Apesar disso, é surpreendente que Abraão, o mesopotâmio, reconhecesse, pelo pagamento do dízimo, a autêntica autoridade de um rei sacerdot cananeu".
Ela depois descreve aspectos de ritual associados com o grau:
"Em tempos remotos, era costume entre os Companheiros formar dois lados de um triângulo equilátero e ajoelhar durante a prece de abertura e no fechamento de uma sessão. Na maior parte dos conselhos, isso não é mais praticado".
René Guénon aproximava Melquisedeque ao Roi du Monde (Rei do Mundo) e ao "triplo poder". "Deve ter uma função essencialmente coordenadora e reguladora (e observaremos que não é sem razão que esta última palavra tem a mesma raiz de rex e regere), função que pode resumir-se em cada palavra como aquela de 'equilíbrio' ou de 'harmonia', o que traduz precisamente em sânscrito o termo Dharma: o que nós entendemos aí é o reflexo no mundo manifesto, da imutabilidade do príncipe Supremo" (op. cit., Royauté et Pontificat, pp. 20-21). Uma passagem de O Rei do Mundo é significativa a esse respeito: Guénon aproxima o sentido do "duplo poder sacerdotal e real" das distinções que separam cada uma das funções tradicionais nas doutrinas hindus, e escreve:
"... ao Brahâtmâ pertence a plenitude dos dois poderes, sacerdotal e real, considerados primordialmente e de alguma maneira no estado indiferenciado; esses dois poderes se distinguiram depois para manifestar-se, o Mahâtmâ representa mais especialmente o poder sacerdotal, e o Mahânga, o poder real. Essa distinção corresponde àquela dos Brâhmanes e dos Kshatryas; mas, além disso, estando 'além das castas', o Mahâtmâ e o Mahânga têm neles próprios, tanto quanto o Brahâtmâ, um caráter ao mesmo tempo sacerdotal e real".
É preciso, aliás. observar que Melek, "rei" e Maleak, "anjo" ou "enviado", não são na realidade senão duas formas de uma mesma e única palavra; além disso, Malaki, "meu enviado" (quer dizer o enviado de Deus, ou "o anjo no qual Deus está", Malaki ha-Elohim), é o anagrama de Mikael.
"O propósito o levará a precisar um ponto que até então não lhe parecia ter sido explicado de maneira satisfatória, embora seja muito importante, e se refira à função dos 'Reis Magos' do Evangelho, que uniam neles os dois poderes. Esses personagens misteriosos não representam na realidade outra coisa senão os três chefes de Agartha (Reino Invisível)."
O Mahânga oferece a Cristo o ouro e o saúda como "Rei"; o Mahâtmâ lhe oferece incenso e o saúda como "Sacerdote"; enfim o Brahâtmâ lhe oferece a mirra (o bálsamo da incorruptibilidade, imagem da Amritâ) e o saúda como "Profeta" ou Mestre Espiritual por excelência. A homenagem assim prestada ao Cristo que nasceu, nos três mundos que são seus domínios respectivos, pelos representantes autênticos da Tradição Primordial e , ao mesmo tempo, devemos observar bem, o penhor da perfeita ortodoxia do cristianismo em relação a ele. (cap. "Les trois fonctions suprêmes", p. 36.)
Guénon, quando faz o comentário sobre o esoterismo hebraico, depois de Paul Vulliaud e a respeito da obra O Rei do Mundo, nota que, entre os "intermediários celestes", designados pela cabala judaica (a Shekhinah e Metatron), a Shekhinah é a "presença real" da divindade. Ele também faz notar que quando a Escritura menciona essa presença real ela o faz em referência à construção do Tabernáculo ou dos Templos de Salomão e Zorobabel. Trata-se aí sempre de uma manisfestação "luminosa" que Guénon, aliás coloca em relação tanto em O Rei do Mundo como nas Formas Tradicionais e Ciclos Cósmicos (cap. "A cabala judia"), com a designação da Loja maçônica como "lugar muito luminoso e muito regular".
Guénon observará finalmente, depois de Vuillard e sua Cabala Judaica, que a Shekhinah tem um mentor com nomes idênticos aos seus e que possui os mesmos caracteres e tantos aspectos diferentes como a própria Shekhinah. O nome desse mentor é Metraton, numericamente equivalente ao nome divino Shaddai.
"Mikael é o príncipe da clemência, o Anjo do julgamento, a Glória da Shekhinah."
Melquisedeque, segundo Guénon, é, para esse mundo, a expressão e a própria imagem do Verbo Divino. É o Manu, o rei da Justiça e da Paz, o Eixo Central do Mundo, no seu sentido mais estrito e mais completo.
Jean Tourniac em sua obra Melquisedeque ou a Tradição Primordial, Madras Editora, que tomamos a liberdade de citar, apresenta a mesma tradução do Sepher ha-Zohar estabelecida por Jean de Pauly, Éditions E. Leroux, 1906, mesmo que ela possa sofrer críticas:
Tomo I (Zohar, I, 86 b, 87 a, 88 a), a seção Lekh-Lekha diz: "E Melquisedeque, rei de Salém, ofereceu pão e vinho; pois ele era sacerdote do Deus Altíssimo".
O rabino Simeão abriu uma de suas conferências da seguinte maneira: "A Escritura diz: 'Ele escolheu a cidade de Salém para seu lugar e Sião para sua morada'". Observe que, quando o Santo, bendito seja, quis criar o mundo, ele fez uma faísca sair da Luz suprema; ele fez um vento soprar do alto contra um vento de baixo; e do choque desses dois ventos, um contra o outro, saiu uma gota, que subia das profundezas do abismo; essa gota uniu os dois ventos um ao outro; e foi a união desses dois ventos que deu nascimento ao mundo. A faísca subiu ao alto e se colocou do lado esquerdo, e a gota subiu por sua vez e se colocou do lado direito. Mas elas mudam de posição; uma vez é a faísca que ocupa o lado direito e a gota o lado esquerdo; e às vezes é o inverso. Dessa mudança contínua de posição, resulta um vaivém; enquanto uma desce do lado direito para se colocar do lado esquerdo para se colocar do lado esquerdo, a outra deixa o lado esquerdo para subir ao lado direito. Quando se encontram, enquanto uma desce e a outra sobe, elas produzem um atrito, e esse atrito produz vento. Assim, o vento procede de ambas e forma também sua união. E é então quando a faísca é unida com a gota com a ajuda do vento (rouah) que procede de todas as duas que a paz está no alto e embaixo. É então que o Hé se une ao Vav e o Vav ao Hé; é então que o Hé sobe e se une com um vínculo perfeito. Tal é o sentido das palavras da Escritura: "E Melquisedeque, o rei de Salém (schalem)...". A palavra schalem significa "completo"; a Escritura então não quer dizer o rei de Salém, mas o rei completo. Quando o reino do rei está completo? No dia do "Perdão" (Kippur), quando todos os rostos irradiam alegria. Segundo outra interpretação, a palavra "Melquisedeque" designa o mundo de baixo, e as palavras "rei de Salém" designam o mundo do alto. Deus colocou em comunicação esses dois mundos, de modo que não haja nenhuma separação entre eles; o mundo de baixo mesmo não forma senão um com o de cima. A Escritura acrescenta: "(...) Oferece pão e vinho"; pois essas duas espécies representam o mundo de baixo à altura daquele do alto". A Escritura acrescenta: "(...) Pois ele eleva o mundo de baixo à altura daquele do alto". O termo "Ele é sacerdote" designa o lado direito da essência divina; e as palavras: "(...) Do Deus Altíssimo" designam o mundo supremo. É por essa razão que o sacerdote deve abençoar o mundo. Observe que o mundo de baixo está coberto de bênçãos quando ele se vincula ao Grande Sacerdote. É porque a Escritura diz: "E ele o abençoa, e diz: Bendito seja Abraão do Deus Altíssimo, que criou o céu e a terra". Da mesma forma, a missão do sacerdote nesse baixo mundo consiste em vincular esse mundo ao do alto por um vínculo indissolúvel; o sacerdote deve igualmente abençoar o mundo, para que, graças a essa bênção, esse baixo mundo chegue à união com o do alto. Na bênção de Melquisedeque, encontramos a fórmula estabelecida para as bênçãos litúrgicas. As palavras "Bendito seja Abraão" correspondem a "Seja bendito", palavras que começam toda bênção litúrgica. As palavras "(...) Do Deus Altíssimo" correspondem às palavras "Senhor, nosso Deus (...)". As palavras "(...) Que criou o céu e a Terra" correspondem às palavras "rei do Mundo". Assim, encontramos nesse versículo o mistério das bênçãos litúrgicas. As palavras "(...) E ele o abençoa" significam que ele abençoa o mundo de baixo para que ele consiga se unir com aquele do alto. As palavras "(...) E que o Deus Altíssimo seja bendito" significam que ele implora o mundo do alto para vincular-se com o de baixo. A Escritura acrescenta "(...) E ele lhe deu o dízimo de tudo". Essas palavras significam que ele operou o vínculo que une o mundo do alto com o de baixo.
O que diz a Escritura da época de Abraão? Ela diz: "E Melquisedeque, o rei completo (schalem) (...)", o que quer dizer que o trono de Deus era perfeito nesse momento e que não apresentava nenhuma brecha. A escritura acrescenta: "(...) Ele fez sair (hotzi) pão e vinho, o que quer dizer que ele obteve o alimento para este mundo. A Escritura se serve da palavra "ele fez sair" (hotzi) para nos indicar que ele fez sair da hierarquia suprema o alimento e as bênçãos para todos os mundos, pois a palavra hotzi significa "produzir", assim como está escrito: "Que a terra produza (hotzi) (...)". A Escritura acrescenta: "(...) Ele é sacerdote do Deus Altíssimo", o que quer dizer que toda a ordem celeste se encontrava, nessa época, inteiramente completa. Essas palavras nos demonstram quanto é grande o crime dos culpados que provocam uma brecha no mundo celeste e impedem as bênçãos de descer. Essas palavras nos provam igualmente que é pelo mérito dos justos que as bênçãos celestes se espalham neste mundo, e que é pelo seu mérito que todos os habitantes deste mundo são abençoados.
Está escrito: "(...) E ele deu o dízimo de tudo". O que significa as palavras "(...) O dízimo de tudo?" A Escritura quer dizer: a décima parte dessa região de onde emanam as bênçãos; e essa região se chama "Tudo". Segundo outra interpretação, as palavras "(...) E ele lhe deu o dízimo de tudo" significam que o Santo, bendito seja, deu o dízimo a Abraão. E em que consistia esse dízimo? Ele consistia no grau sefirótico sobre o qual está baseada toda a fé, e que é a fonte de todas as bênçãos. Então, concedendo a Abraão a faculdade de alcançar essa sérifa, ele lhe deu assim o dízimo que consiste na separação de um em dez e de dez em cem. Foi após ter recebido esse dízimo que Abraão atingiu o mais alto grau que é permitido a um homem alcançar.
Tomo II (Zohar, I, 263 a - 263 b), Apêndices, I Haschmatoth (omissões), Sithré Torah (segredos da Lei).
Assim, Abraão está à frente de todos os justos; ele está sentado à direita do Santo, bendito seja, e é chamado "sacerdote", assim como está escrito: "Tu és sacerdote eterno segundo a Ordem de Melquisedeque". Como Abraão é igualmente pontífice, está ligado a esse grau celeste que leva o nome de "sacerdote"; mas, na realidade, ele é a imagem de Hod.
Tomo v (Zohar, III, 193 b), seção Balac.
O rabino Eleazar lhe respondeu: "É um mistério que só é conhecido pelos ilustres iniciados". Ele começou a falar assim: "Senhor (Jéhovah), tu és (Athâ) meu Deus (Elohai); eu te glorificarei, e bendirei teu nome, porque tu tens feito prodígios". Esse versículo encerra o mistério da fé. Jeová é o grau superior, o Ponto Supremo, eternamente oculto e desconhecido. Elohai é a Voz doce e suave, o início da questão; mas ninguém pode ainda aprofunda-la, porque ela é misteriosa e oculta. Atha é o começo da questão e da resposta; a inteligência percebe isso melhor que os dois anteriores. É o sacerdote eterno, assim como está escrito: "Tu és sacerdote eterno segundo a Ordem de Melquisedeque". O que significam as palavras "dibrathi Melquisedeque"? Elas designam o sacerdote supremo que existe graças ao Verbo (dabar) que vem do lado direito. E "dabar" designa Melquisedeque, porque é seu nome. Mas por que Davi diz "dibrathi" "minha palavra"? Porque o rei Davi está vinculado a esse grau. De onde todos esses louvores provêm. "Athâ" designa então o sacerdote.
Tomo VI (Zohar, III, 270 b - 271 b), seção Eqeb. Raaiah Mehemnah - Pastor fiel.
Se, após ter ouvido essas ordenanças, vós as guardais e as praticais, o senhor vosso Deus guardará também com relação a vós a aliança e a misericórdia, etc. "E tu comerás e te saciarás, e tudo bendirás o Senhor teu Deus, etc". É o mandamento de bendizer o Santo, bendito seja, ao comer, ao beber, e para todo gozo neste mundo; se não o bendizemos, roubamos o Santo, bendito seja, assim como está escrito: "Aquele que furta a seu pai e sua mãe (...)". Os colegas já explicaram. Quem quer que bendiga o Santo, bendito seja, lança neste mundo a vida da "Fonte de vida". Essas bênçãos se estendem sobre todos os graus e preenchem todos os mundos ao mesmo tempo. Também aquele que bendiz o senhor deve ter a intenção do bendizer ao mesmo tempo os pais e os filhos. Aquele que abençoa recebe uma parte dessas bênçãos para si, assim como está escrito: "Onde quer que a memória de meu nome seja estabelecida, eu virei a arte e tu e eu te bendizei". As bênçãos se espalham para começar sobre o "pomar das macieiras sagradas"; em seguida elas descem nos mundos inferiores e gritam: "É um dom que tal pessoa enviou ao Santo, bendito seja". Como aquele que pronuncia as bênçãos, aquele que a elas responde "Amém" lança igualmente para si mesmo uma parte dessas bênçãos. A fórmula da bênção: "Seja bendito, tu, Jeová nosso Deus" esconde um mistério: "Seja bendito" designa a Fonte suprema que ilumina todas essas "lâmpadas"; é uma fonte cujas águas não cessam jamais de correr. É nessa fonte que começa aquilo que chamamos de "mundo futuro" e que a Escritura designa sob o nome de "uma extremidade do céu à outra extremidade do céu"; pois a região mencionada também tende a uma extremidade, como um mundo daqui embaixo. Essa região é chamada "abençoada" em relação às regiões inferiores que são abençoadas por ela, já que ela, faz chegar até lá as bênçãos da sabedoria suprema por meio de uma vereda estreita. "Tu" (athâ) designa a via oculta da fonte suprema. "Athâ" é o sacerdote dessa região, e é o mistério das palavras: "tu és (athâ) sacerdote eterno segundo a Ordem de Melquisedeque".
Uma última observação a respeito de Melquisedeque, figura nas notas do tomo V, relativamente ao Zohar III, seção Metzora, 53 b:
É porque Abraão tinha por missão manter boas relações entre o rei e sua Matrona; e, para conseguir isso, ele devia ocupar-se da vida familiar; isso lhe valeu o nome de grande sacerdote. Sabemos disso pelas seguintes palavras da Escritura:
"Tu és sacerdote eterno segundo a Ordem de Melquisedeque" (Cf. supra).
O comentador observa: "Assim, por causa da Matrona, Abraão recebeu o nome de grande sacerdote, que é o 'sacerdote eterno segundo a Ordem de Melquisedeque"'.
Essa precisão adquire seu pleno sentido na querela entre o Judaísmo e o Cristianismo após Paulo, ter transferido a Ordem de Melquisedeque para Jesus. Aliás, se quisermos resumir todas as passagens do Zohar relativas a Melquisedeque em algumas ideias-chave, vemos que restam duas ou três essenciais, classificadas em três questões:
-O sentido das bênçãos: aquele que é designado como "bendito" é superior àquele que pronuncia a bênção?
-A posição de Melquisedeque na escala de importância patriarcal, e especialmente em relação a Abraão e Moisés e em relação ao significado dos sephiroths da Cabala, é superior ou inferior?
-A devolução da sacerdócio segundo "a Ordem de Melquisedeque"; a quem ela retorna?
Ora, é exatamente esse debate inaugurado por Paulo, na Epístola aos Hebreus, que está em germe ou em discussão aqui, como sem tardar.
O que diz a Escritura da época de Abraão? Ela diz: "E Melquisedeque, o rei completo (schalem) (...)", o que quer dizer que o trono de Deus era perfeito nesse momento e que não apresentava nenhuma brecha. A escritura acrescenta: "(...) Ele fez sair (hotzi) pão e vinho, o que quer dizer que ele obteve o alimento para este mundo. A Escritura se serve da palavra "ele fez sair" (hotzi) para nos indicar que ele fez sair da hierarquia suprema o alimento e as bênçãos para todos os mundos, pois a palavra hotzi significa "produzir", assim como está escrito: "Que a terra produza (hotzi) (...)". A Escritura acrescenta: "(...) Ele é sacerdote do Deus Altíssimo", o que quer dizer que toda a ordem celeste se encontrava, nessa época, inteiramente completa. Essas palavras nos demonstram quanto é grande o crime dos culpados que provocam uma brecha no mundo celeste e impedem as bênçãos de descer. Essas palavras nos provam igualmente que é pelo mérito dos justos que as bênçãos celestes se espalham neste mundo, e que é pelo seu mérito que todos os habitantes deste mundo são abençoados.
Está escrito: "(...) E ele deu o dízimo de tudo". O que significa as palavras "(...) O dízimo de tudo?" A Escritura quer dizer: a décima parte dessa região de onde emanam as bênçãos; e essa região se chama "Tudo". Segundo outra interpretação, as palavras "(...) E ele lhe deu o dízimo de tudo" significam que o Santo, bendito seja, deu o dízimo a Abraão. E em que consistia esse dízimo? Ele consistia no grau sefirótico sobre o qual está baseada toda a fé, e que é a fonte de todas as bênçãos. Então, concedendo a Abraão a faculdade de alcançar essa sérifa, ele lhe deu assim o dízimo que consiste na separação de um em dez e de dez em cem. Foi após ter recebido esse dízimo que Abraão atingiu o mais alto grau que é permitido a um homem alcançar.
Tomo II (Zohar, I, 263 a - 263 b), Apêndices, I Haschmatoth (omissões), Sithré Torah (segredos da Lei).
Assim, Abraão está à frente de todos os justos; ele está sentado à direita do Santo, bendito seja, e é chamado "sacerdote", assim como está escrito: "Tu és sacerdote eterno segundo a Ordem de Melquisedeque". Como Abraão é igualmente pontífice, está ligado a esse grau celeste que leva o nome de "sacerdote"; mas, na realidade, ele é a imagem de Hod.
Tomo v (Zohar, III, 193 b), seção Balac.
O rabino Eleazar lhe respondeu: "É um mistério que só é conhecido pelos ilustres iniciados". Ele começou a falar assim: "Senhor (Jéhovah), tu és (Athâ) meu Deus (Elohai); eu te glorificarei, e bendirei teu nome, porque tu tens feito prodígios". Esse versículo encerra o mistério da fé. Jeová é o grau superior, o Ponto Supremo, eternamente oculto e desconhecido. Elohai é a Voz doce e suave, o início da questão; mas ninguém pode ainda aprofunda-la, porque ela é misteriosa e oculta. Atha é o começo da questão e da resposta; a inteligência percebe isso melhor que os dois anteriores. É o sacerdote eterno, assim como está escrito: "Tu és sacerdote eterno segundo a Ordem de Melquisedeque". O que significam as palavras "dibrathi Melquisedeque"? Elas designam o sacerdote supremo que existe graças ao Verbo (dabar) que vem do lado direito. E "dabar" designa Melquisedeque, porque é seu nome. Mas por que Davi diz "dibrathi" "minha palavra"? Porque o rei Davi está vinculado a esse grau. De onde todos esses louvores provêm. "Athâ" designa então o sacerdote.
Tomo VI (Zohar, III, 270 b - 271 b), seção Eqeb. Raaiah Mehemnah - Pastor fiel.
Se, após ter ouvido essas ordenanças, vós as guardais e as praticais, o senhor vosso Deus guardará também com relação a vós a aliança e a misericórdia, etc. "E tu comerás e te saciarás, e tudo bendirás o Senhor teu Deus, etc". É o mandamento de bendizer o Santo, bendito seja, ao comer, ao beber, e para todo gozo neste mundo; se não o bendizemos, roubamos o Santo, bendito seja, assim como está escrito: "Aquele que furta a seu pai e sua mãe (...)". Os colegas já explicaram. Quem quer que bendiga o Santo, bendito seja, lança neste mundo a vida da "Fonte de vida". Essas bênçãos se estendem sobre todos os graus e preenchem todos os mundos ao mesmo tempo. Também aquele que bendiz o senhor deve ter a intenção do bendizer ao mesmo tempo os pais e os filhos. Aquele que abençoa recebe uma parte dessas bênçãos para si, assim como está escrito: "Onde quer que a memória de meu nome seja estabelecida, eu virei a arte e tu e eu te bendizei". As bênçãos se espalham para começar sobre o "pomar das macieiras sagradas"; em seguida elas descem nos mundos inferiores e gritam: "É um dom que tal pessoa enviou ao Santo, bendito seja". Como aquele que pronuncia as bênçãos, aquele que a elas responde "Amém" lança igualmente para si mesmo uma parte dessas bênçãos. A fórmula da bênção: "Seja bendito, tu, Jeová nosso Deus" esconde um mistério: "Seja bendito" designa a Fonte suprema que ilumina todas essas "lâmpadas"; é uma fonte cujas águas não cessam jamais de correr. É nessa fonte que começa aquilo que chamamos de "mundo futuro" e que a Escritura designa sob o nome de "uma extremidade do céu à outra extremidade do céu"; pois a região mencionada também tende a uma extremidade, como um mundo daqui embaixo. Essa região é chamada "abençoada" em relação às regiões inferiores que são abençoadas por ela, já que ela, faz chegar até lá as bênçãos da sabedoria suprema por meio de uma vereda estreita. "Tu" (athâ) designa a via oculta da fonte suprema. "Athâ" é o sacerdote dessa região, e é o mistério das palavras: "tu és (athâ) sacerdote eterno segundo a Ordem de Melquisedeque".
Uma última observação a respeito de Melquisedeque, figura nas notas do tomo V, relativamente ao Zohar III, seção Metzora, 53 b:
É porque Abraão tinha por missão manter boas relações entre o rei e sua Matrona; e, para conseguir isso, ele devia ocupar-se da vida familiar; isso lhe valeu o nome de grande sacerdote. Sabemos disso pelas seguintes palavras da Escritura:
"Tu és sacerdote eterno segundo a Ordem de Melquisedeque" (Cf. supra).
O comentador observa: "Assim, por causa da Matrona, Abraão recebeu o nome de grande sacerdote, que é o 'sacerdote eterno segundo a Ordem de Melquisedeque"'.
Essa precisão adquire seu pleno sentido na querela entre o Judaísmo e o Cristianismo após Paulo, ter transferido a Ordem de Melquisedeque para Jesus. Aliás, se quisermos resumir todas as passagens do Zohar relativas a Melquisedeque em algumas ideias-chave, vemos que restam duas ou três essenciais, classificadas em três questões:
-O sentido das bênçãos: aquele que é designado como "bendito" é superior àquele que pronuncia a bênção?
-A posição de Melquisedeque na escala de importância patriarcal, e especialmente em relação a Abraão e Moisés e em relação ao significado dos sephiroths da Cabala, é superior ou inferior?
-A devolução da sacerdócio segundo "a Ordem de Melquisedeque"; a quem ela retorna?
Ora, é exatamente esse debate inaugurado por Paulo, na Epístola aos Hebreus, que está em germe ou em discussão aqui, como sem tardar.
Fonte: Costa, Wagner Veneziani. Maçonaria : escola de mistérios : a antiga tradição e seus símbolos / Wagner Veneziani Costa. -- 2. ed. -- São Paulo : Madras, 2015.
Melquisedeque, segundo o Comentário Bíblico Africano
O segundo rei a sair ao encontro de Abraão depois de derrotar Quedorlaomer foi Melquisedeque, rei de Salém. Ele saudou Abraão como um herói ou guerreiro voltando em triunfo da batalha e, seguindo as convenções da época, o recebeu com pão e vinho (14.18a). É possível que Melquisedeque fosse apenas um líder local de Salém (chamada posteriormente de Jerusalém) e um jebuseu (pois, mais tarde, Jerusalém ficou sob o controle dos jebuseus – 2Sm 5:6-7).
Porém, Melquisedeque possuía outros atributos notáveis. Ele é a primeira pessoa mencionada na Bíblia com o título de “sacerdote”, e é descrito como sacerdote do Deus Altíssimo (14.18b). Além disso, Melquisedeque abençoou Abraão, numa oração em que primeiro pediu bênçãos sobre Abraão e depois louvou a Deus por entregar os inimigos de Abraão em suas mãos (14.19-20a).
Ao que parece, Melquisedeque possuía certa compreensão acerca da natureza de Deus, pois se refere a ele como Deus Altíssimo e o descreve como aquele que possui os céus e a terra (14.20b). Teoricamente, todos os bens pertenciam a Abraão, pois ele os havia recuperado. No entanto, o mais impressionante nesse ato é que, ao aceitar a bênção de Melquisedeque e lhe dar a décima parte de tudo, Abraão o reconheceu implicitamente como seu superior (cf. Hb 7.4-7).
Tendo em vista a aparição repentina de um sacerdote misterioso do Deus verdadeiro chamado por um nome que significa “rei da retidão”, não é de surpreender a fascinação que exerceu sobre gerações posteriores. Davi se refere a ele como representante de uma ordem especial de sacerdotes “segundo a Ordem de Melquisedeque” (Sl 110.4). Os autores do Novo Testamento, especialmente o autor de Hebreus, apresentam-no como símbolo da identidade de Cristo em seu papel de sacerdote (Hb 5.6,10; 6.20; 7.11). O fato de ele simplesmente aparecer e desaparecer sem nenhum detalhe histórico a seu respeito levou o autor de Hebreus a descrevê-lo como “sem pai, sem mãe, sem genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência, entretanto, feito semelhante ao Filho de Deus [...], permanece sacerdote perpetuamente” (Hb 7:3). Essas referências levaram algumas pessoas a imaginar se é suficiente considerar Melquisedeque apenas rei de Salém, um líder local. Assim, há quem acredite que, como “rei de Salém” significa “rei da paz” (Hb 7.2a), e Melquisedeque pode ser traduzido como “rei da justiça” (Hb 7.2b), trata-se, então, do próprio Cristo numa aparição pré-encarnada. Conforme outro ponto de vista, Melquisedeque é um título usado para Sem, que talvez ainda estivesse vivo na época, caso tivesse chegado a 600 anos, quando saiu ao encontro de seu descendente Abraão. De acordo com essa linha de raciocínio, a “Ordem” sacerdotal à qual Melquisedeque pertence se estendeu de Sem, passando por Judá, até Cristo.
Melquisedeque é um indivíduo obscuro do Antigo Testamento mencionado apenas de passagem em Gênesis 14.17-24. Sabemos que era rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo (7.1a). A única outra referência a ele na Bíblia se encontra em Salmos 110.4, texto que fala da vinda do Messias, o qual ocupará a posição suprema de sacerdote e rei. Agora, o autor explica em detalhes as duas referências a Melquisedeque e mostra como elas podem ser associadas a Jesus.
O nome e título Melquisedeque são, por si mesmos, impressionantes. Seu nome significa rei de justiça, e seu título, rei de Salém, ou seja, rei de paz (7.2b). Os dois títulos são associados ao Messias e, de modo específico, a Jesus (Is 9.6-7; II Tm 4.8).
O autor também se impressiona com aquilo que não é dito acerca de Melquisedeque. Numa época em que a linhagem era considerada extremamente importante, Melquisedeque é apresentado como um homem sem pai, sem mãe, sem genealogia (7.3). Isso não significa que ele não tinha pais humanos. Foi um indivíduo histórico real que viveu numa cidade real chamada Salém, provavelmente a atual Jerusalém. A falta de informação sobre sua genealogia e sobre seus pais, contudo, confere-lhe uma qualidade eterna ressaltada pelo fato de não sabermos durante quanto tempo foi sacerdote nem quando faleceu. Ele pode ser descrito, portanto, como alguém que não teve princípio de dias, nem fim de existência. A aparente eternidade e o fato de Melquisedeque ser, ao mesmo tempo, rei e sacerdote, significam que ele pode ser considerado modelo ou “tipo” de Cristo, no qual os dois ofícios foram unidos para sempre.
Fonte: ADEYEMO. Tokunboh (editor geral). Comentário Bíblico Africano. São Paulo: Mundo Cristão. 2010. P. 33-34; 1537-1538.
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